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Morro e não posso velar meu corpo

Julia Pupim

​​

64 páginas

17,5x24cm

100 cópias

Offset

Brochura

ISBN 978-65-00-32249-1

2021

 

Fotografias/concepção

Julia Pupim

Sequenciamento

Alix Breda

Design

João Pedro Lima

Coordenação editorial

Vitor Casemiro

Impressão

Cinelândia

Edição Regular

R$120

NÓS

​​[PT]

Resultado da convocatória para artistas mulheres realizada pelo selo em 2021, o livro "Morro e não posso velar o meu corpo" de Julia Pupim é um retrato de como o luto se apresenta nas facetas mais íntimas do ser. Fotografado ao longo de seis meses, a autora documentou a morte que está por vir, os últimos dias que esteve na presença de sua mãe - como o processo lento das marcas que a ausência deixa floresce.

Trabalhado durante meses junto dos editores do selo, o livro se torna uma caixinha de lembranças. Memorabilia de pegadas. Uma pasta fechada por um laço que revela o imaginário e o cotidiano da relação de uma mãe e uma filha. O que encontramos dentro é a perda dos contornos, a lembrança vertiginosa, a tentiva que uma mulher tem de se enterrar na terra para chegar perto de outra.

Tantas imagens que remetem a textura do lençol desarrumado que permanece na cama, o silêncio de uma casa que antes emitia ruídos, assistir alguém que amamos desaparecendo aos poucos. "Naquele dia você olhou no fundo dos meus olhos quando eu achava que isso nunca mais ia acontecer. E eu vi que você sabia e que você me esperou," escreve Julia em uma das entradas de seu diário, que é escrito à mão e acompanha o livro.

[EN]

Result of the call for women artists held by the label in 2021, the book "I die and I can't veil my body" by Julia Pupim is a portrait of how grief presents itself in the most intimate facets of being. Photographed over six months, the author documented the death that was about to come, the last days she was in her mother's presence - as the slow process of the marks that absence leaves blooms.

Worked for months together with the publisher's editors, the book becomes a box of memories. Footprints memorabilia. A folder closed by a bow that reveals the imaginary and daily life of a mother and daughter's relationship. What we find inside is the loss of contours, the vertiginous memory, the attempt that a woman has to bury herself in the earth to get close to another.

So many images that refer to the texture of the messy sheet that remains on the bed, the silence of a house that used to emit noise, watching someone we love disappear little by little. "That day you looked deep into my eyes when I thought it would never happen again. And I saw that you knew and that you waited for me," writes Julia in one of the entries in her diary, which is handwritten and accompanies the book.

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